Desde 2018, cerca de 1.500 crianças morreram ou desapareceram ao tentar atravessar o Mediterrâneo central Desde 2018, cerca de 1.500 crianças morreram ou desapareceram ao tentar atravessar o Mediterrâneo central

Unicef, 11 crianças morrem a cada semana tentando atravessar o Mediterrâneo central

É o que informa uma nota do Unicef, segundo a qual, desde 2018, cerca de 1.500 crianças morreram ou desapareceram ao tentar atravessar o Mediterrâneo central. Esse número corresponde a 1 em cada 5 das 8.274 pessoas mortas ou desaparecidas ao longo da rota. Muitos naufrágios durante a travessia do Mediterrâneo central não deixam sobreviventes ou não são registrados, tornando praticamente impossível verificar o número real de crianças mortas, que provavelmente é muito maior

Vatican News

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Pelo menos 289 crianças morreram ou desapareceram este ano tentando atravessar a perigosa rota de migração do Mediterrâneo Central do norte da África para a Europa. Isso representa cerca de 11 crianças mortas ou desaparecidas a cada semana em busca de segurança, paz e melhores oportunidades.

É o que informa uma nota do Unicef (Fundo das nações Unidas para a Infância), segundo a qual, desde 2018, cerca de 1.500 crianças morreram ou desapareceram ao tentar atravessar o Mediterrâneo central. Esse número corresponde a 1 em cada 5 das 8.274 pessoas mortas ou desaparecidas ao longo da rota, de acordo com dados do Projeto Migrantes Desaparecidos da OIM (Organização Internacional para as Migrações).

Número real de crianças mortas provavelmente é muito maior

Muitos naufrágios durante a travessia do Mediterrâneo central não deixam sobreviventes ou não são registrados, tornando praticamente impossível verificar o número real de crianças mortas, que provavelmente é muito maior.

Nos últimos meses, crianças e bebês estiveram entre os que perderam a vida nessa rota, em outras rotas pelo Mediterrâneo e na rota do Atlântico a partir da África ocidental, incluindo tragédias recentes na costa da Grécia e nas Ilhas Canárias da Espanha.

 

É preciso fazer muito mais para evitar tais tragédias

"Em uma tentativa de encontrar segurança, reunir-se com a família e buscar um futuro mais promissor, muitas crianças embarcam na costa do Mediterrâneo, acabando por perder a vida ou desaparecendo durante a viagem", disse a diretora Geral do Unicef, Catherine Russell.

"Esse é um sinal claro de que é preciso fazer mais para criar percursos seguros e legais para que as crianças tenham acesso ao asilo, reforçando, ao mesmo tempo, a ação para salvar vidas no mar. Em última análise, muito mais precisa ser feito para enfrentar as causas fundamentais que levam as crianças a arriscarem suas vidas em primeiro lugar".

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14 julho 2023, 12:00